terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Copa do Mundo 2014 - Semifinal: Holanda 0x0 Argentina


Messi e Sneijder disputam lance acirrado; argentino teve sua pior atuação nesta Copa

Holanda e Argentina fizeram um jogo com cara de semi-final de Copa: jogo pegado, com ambos os times muito cautelosos, sem se expor e, consequentemente, meio chato. Chatice compensada pela emoção. Aos 45 do segundo tempo, no final de um jogo de poucas oportunidades criadas e desperdiçadas por atacantes nervosos ou abafadas por defesas excelentes, aconteceu aquilo que todos já esperavam: Robben recebe a bola nas costas de Mascherano, se livra da marcação de Demichelis, entra na área, prepara para chutar com seu pé esquerdo e… Mascherano trava seu chute fatal em cima da hora.


Messi cobra falta sem exito contra Holanda pelas semifinais da Copa

Na seleção da Argentina que tem um Messi sempre cercado por pelo menos 3 marcadores, que tem um Di María contundido (ainda é dúvida para a final) e um Higuain apagado, Mascherano tem sido o seu maior símbolo. Esta jogada contra o Robben é um ótimo exemplo: mesmo com abaixa probabilidade de alcançar um dos jogadores mais rápidos desta Copa, que já partiu para o gol nas suas costas, o “chefito” argentino não pensou duas vezes e correu. Correu mais ainda quando Demichelis (que vinha fazendo uma partida perfeita) foi driblado por Robben. E quando tudo parecia perdido, se esticou tanto que rasgou o ânus (palavras dele) e se recusou a tomar um gol da Holanda. Além da dedicação defensiva, ele também tem feito de forma discreta uma Copa praticamente perfeita no meio de campo, sendo o principal passador de bolas na sua seleção.


Cillessen não consegue defender a cobrança de Messi e Holanda não vai à Final

Parecia que Van Gaal ainda via esperança de liquidar o jogo na prorrogação e fez sua última alteração para substituir o exausto Van Persie por Huntelaar no ataque. Mas de nada adiantou. E por causa desta substituição, ele não pôde colocar Krul no lugar de Cillessen. E para seu desespero, ele tinha razão em querer fazer esta troca: Cillessen não conseguiu pegar nenhum pênalti.


Wesley Sneijder bate bem a meia altura, mas o dia era de Goycochea que já havia defendido a 1ª cobrança de Ron Vlaar; Adeus Laranja...

Em compensação, o criticadíssimo Romero (que amargou a reserva no seu time, o Mônaco, durante esta temporada) pegou 2, repetindo o feito do goleiro Goycochea na semi-final de 1990, e colocando a Argentina novamente em uma final de Copa, depois de 24 anos. Novamente contra a Alemanha.

Os Argentinos dizem que “o espírito de Goycochea desceu em Romero” (conceito difícil de entender, ainda mais considerando que Goycochea ainda está vivo – inclusive estava no estádio assistindo ao jogo), mas Van Gaal tem outra explicação para o sucesso de Romero. Van Gaal disse: “Eu ensinei o Romero a pegar pênaltis, então, isso dói!“. Romero foi treinado pelo holandês na temporada 2007-08, no AZ, time campeão holandês naquela temporada.


Torcedores Argentinos e Holandeses animados e confiantes; no final só os Hermanos riram...

Em 2014 eles chegam novamente à final, com um time limitado, com uma campanha fraca, vencendo seus jogos sempre no limite. Mais uma vez para enfrentar a favoritíssima Alemanha, que vem com uma campanha muito melhor e com a confiança reforçada pela sacolada que eles enfiaram nos anfitriões.

Mas, assim como em 1990, a Argentina vai para a final acreditando que o seu camisa 10 vai fazer algo absolutamente fantástico e “A Messi lo vas a ver / la Copa nos va a traer“.


Data: 9 de julho de 2014
Horário: 17h00 (de Brasília)
Local: Itaquerão, em São Paulo (SP)
Capacidade do estádio: 62.601
Público: 63.267
Árbitro: Cuneyt Cakir (TUR)
Assistentes:  Bahattin Duran (TUR) e Tarik Ongun (TUR)
Cartões amarelos: Martins Indi, aos 43 min. do 1°t, 
Huntelaar, aos 15 min. do 1°t da pror (HOL); 
Demichelis, aos 3 min. do 2°t (ARG)

Copa do Mundo 2014: Decisão do 3º Lugar


Mal começou a partida e Robin Van Persie achou um buraco na defesa brasileira para marcar o primeiro da Seleção Holandesa

O Brasil, que contava com o desinteresse holandês no jogo para sair de “cabeça erguida” da Copa, mostrou as mesmas fragilidades que já havia mostrado contra a Alemanha. Van Gaal usou a mesma tática que Joachim Löw: pressionou a defesa brasileira e tomou o meio de campo, cortando completamente a ligação com o ataque. 

Apesar do controle holandês no jogo, a seleção brasileira não se entregou completamente (como fez no jogo contra a Alemanha) mas a superioridade holandesa era clara: quando o Brasil chegava no ataque dependia exclusivamente do acerto de alguma jogada individual para conseguir um chute a gol. Já a Holanda, chegava sempre com perigo, tocando bola e com bons cruzamentos.


Brasil deixa Copa do Mundo com derrota de 3x0 para Holanda

Do lado da Holanda ficou a sensação de frustração. Ao final do jogo Robben e Van Gaal deram entrevistas valorizando o terceiro lugar, mas deixando claro que eles esperavam jogar a final. E mostraram qualidade para isso em campo. A Holanda deixa o campeonato sem ter perdido nenhum jogo e após ter protagonizado grandes jogos, como o massacre contra a Espanha, a enorme superação contra o México e o incrível bombardeio ao gol da Costa Rica, mas tudo terminou em um jogo equilibradíssimo contra a Argentina. Fica a sensação de que faltou força física, faltou sorte, faltou muito pouco para forçar um gol naquela prorrogação…


Van Gaal 'Nada do que ele faz é por acaso'

Olhando para o futuro, Van Gaal deixa a seleção holandesa com um time majoritariamente jovem, que estará à disposição para disputar a próxima Copa, mas com um problema enorme: seus jogadores extraordinários (Sneijder, Robben e Van Persie) estão todos na casa dos 30 anos e dificilmente terão condições físicas para jogar a Copa de 2018. 

O trabalho foi bem feito, mas agora eles dependem do acaso para que apareça um conjunto de jogadores extraordinários para sucedê-los na liderança do time. É o fim de mais uma geração extraordinária que não consegue vencer o título tão cobiçado pelos holandeses há tanto tempo.


Brasil perde de 3x0 para Holanda na disputa de 3º lugar e sai de campo vaiado

Parecia que o pesadelo da semi-final não terminava nunca para o Brasil. Mas terminou. Foi um atropelo tão grande ter tomado 10 gols e 2 jogos que nem dá para pensar em comemorar o fato de que o Brasil chegou entre os 4 primeiros times da competição após 12 anos.

Se a disputa de terceiro lugar é amargo, perder este jogo é mais amargo ainda. A Holanda vai embora sem ter perdido nenhum jogo na competição. O Brasil vai embora com 2 derrotas seguidas e fica com a defesa mais vazada de sua história.


Data: 12/07/2014 – 17h
Local: Mané Garrincha (Brasília)
Capacidade do estádio: 69.349
Público: 68.034
Árbitro: Djamel Haimoudi (ALG)
Auxiliares: Redouane Achik (MAR) e Abdelhak Etchiali (ALG)
Cartões amarelos: Thiago Silva, Fernandinho e Oscar 
(Brasil); Robben e De Guzmán (Holanda)
Gols: Van Persie, aos 2 min, e Blind aos 15 min do 1º tempo; 
Wijnaldum aos 45 min do 2º tempo


Copa de 2014 - Final: Alemanha 1x0 Argentina


"Primeiro Tempo"

Higuaín marca logo no início; Porém Arbitragem anularia o gol alegando impedimento do atacante argentino.

A Alemanha teve mais posse de bola nos primeiros minutos, mas quem deu o primeiro chute a gol foi a Argentina. Em contra-ataque rápido, Higuaín invadiu a área pela direita e bateu cruzado, dando um susto no goleiro Neuer. Jogando fechada na defesa, a seleção sul-americana apostava sempre nos contra-ataques pela direita, nas costas de Höwedes.

Aos 20 minutos, Kroos falhou feio na defesa e criou uma chance clara de gol para os sul-americanos. O alemão cabeceou a bola para trás e colocou Higuaín na cara do gol. Na frente de Neuer, o camisa 9 argentino bateu muito mal, desperdiçando grande oportunidade de abrir o placar.

Os alemães continuavam a tocar a bola na frente de área argentina, mas não conseguiam furar a retranca armada por Sabella. Enquanto isso, os sul-americanos seguiam levando perigo nos contra-golpes. Aos 30 minutos, Lavezzi recebeu livre pela direita e cruzou na medida para Higuaín. O centroavante bateu de primeira para o gol, mas o bandeirinha marcou impedimento no lance, anulando o gol acertadamente.


O craque da Argentina, Messi, para no goleiro Nauer

Joachim Loew teve que fazer uma mudança ainda no primeiro tempo. Kramer sofreu uma pancada na cabeça e deu lugar a Schürrle. Aos 36, primeira grande chance alemã. Müller arrancou pela esquerda e tocou no meio para o camisa 9, que bateu de primeira e obrigou Romero a fazer grande defesa.

Messi criou mais uma boa jogada aos 39. Sempre pela direita, nas costas de Höwedes, ele arrancou com a bola dominada, invadiu a área e tocou para trás na saída de Neuer. A defesa alemã chegou para cortar e impedir o gol. Aos 42, Kroos recebeu boa bola na entrada da área, mas bateu fraco e facilitou a defesa de Romero. Três minutos depois, Höwedes subiu bem após cobrança de escanteio e cabeceou na trave. Foi o último lance de perigo antes do intervalo.


"Segundo Tempo"

Por um triz a Argentina não abriu o placar

Os sul-americanos voltaram melhor do intervalo, avançando a marcação e ficando mais com a bola nos pés. Sabella também fez mudanças no time, colocando Aguero no lugar de Lavezzi. Logo na marca de 1 minuto, Messi quase abriu o placar. Ele recebeu grande passe pela esquerda e, já dentro da área, bateu cruzado, mandando a bola muito perto da trave de Neuer.

Aos poucos a Alemanha foi recuperando o domínio de jogo, mas ainda sem chegar com perigo ao gol de Romero. Os europeus tocavam a bola em volta da área, mas os sul-americanos bem fechados não permitiam a finalização.


Messi foi bem marcado e mesmo assim quase decidiu o jogo em favor da Argentina

Aos 29 minutos, Messi voltou a dar trabalho para a defesa alemã. O craque do Barcelona dominou a bola na direita, carregou para o meio e bateu de esquerda, mas a bola saiu à direita de Neuer. Pouco depois, Higuaín foi substituído pelo também atacante Palacio.

Mais presentes no ataque, os alemães chegaram com perigo aos 36. Özil fez boa jogada pela direita, puxou para o pé esquerdo e rolou na medida para Kroos. Na entrada da área, o camisa 18 pegou muito mal na bola, chutando sem força e para fora.

Faltando 5 minutos para o fim do segundo tempo, a Argentina fez sua última alteração. Saiu Perez para a entrada do volante Gago. O técnico Loew também mexeu na Alemanha. Klöse deu lugar a Götze. Visivelmente cansados e já pensando na prorrogação, as duas equipes não se arriscaram nos minutos finais, mantendo o 0 x 0 no placar até o apito do árbitro.


"Prorrogação"

Argentina vai a nocaute pós o Gol de Gotze; Não haveria mais tempo para uma inesperada reação

A seleção alemã partiu com tudo para cima dos argentinos na prorrogação, levando perigo e deixando mais espaço para os argentinos. Logo no primeiro minuto Schürrle obrigou Romero a fazer importante defesa após jogada tramada pela esquerda. Aos 6 minutos, foi Palacio quem assustou. Ele recebeu lançamento nas costas da defesa, matou no peito e tentou tocar por cima de Neuer, mas jogou para fora.

Aos 7 minutos do segundo tempo da prorrogação, a Alemanha colocou a mão na taça graças a dois jogadores que começaram no banco de reservas. Schürrle arrancou pela esquerda e cruzou na medida para Götze. O camisa 19 matou bonito no peito e chutou antes de a bola cair para abrir o placar e colocar os europeus na frente. O segundo gol do alemão na Copa foi também o mais importante de toda a campanha.

No desespero, os argentinos começaram a jogar a bola na área tentando empatar. Mas faltava pouco tempo e os altos defensores alemães afastaram o perigo com segurança. Festa da torcida alemã no Maracanã, tetracampeã do mundo de futebol.


Seleção Alemã comemora merecidamente a conquista da Copa em solo brasileiro

Como era de se esperar, a final teve um placar magro, com os jogadores cumprindo bem suas funções táticas. Mas mesmo assim, foi um grande jogo. Taticamente perfeito, com boas chances de gol, mas, sempre tenso, como uma final deve ser.

O título alemão faz justiça a uma geração de grandes jogadores que começam a se despedir da seleção alemã: Lahm, Schweinsteiger e Podolski são os principais nomes da equipe que começou a ser formada na Euro 2004 e na Copa de 2006 para aposentar os sobreviventes de 2002 (dos quais apenas Klose, já aos 36 anos, continuou a jogar na seleção – em grande estilo, deixando seu nome na história como o maior artilheiro de todas as Copas).


Data: 13 de julho de 2014
Horário: 16h00 (de Brasília)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Capacidade do estádio: 74.738
Público: 74.738
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Assistentes: Renato Faverani (ITA) e Andrea Stefani (ITA)
Cartões amarelos: Schweinsteiger, aos 28 min., 
Höwedes, aos 32 min. do 1°t (ALE); Mascherano, aos 18 min., 
Agüero, aos 20 min. do 2°t (ARG)
Gols: Götze, aos 7 min. do 2°t da prorrogação

Copa de 2014 - Final: Alemanha 1x0 Argentina


Mário Gotze o herói alemão!

A Alemanha precisou de 113 minutos para chegar ao gol do tetracampeonato. No domingo (13.07.14), Mario Götze foi o herói alemão na final da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 no Maracanã, no Rio de Janeiro. O camisa 19 saiu do banco de reservas nos minutos finais do tempo regulamentar e fez história na segunda etapa da prorrogação.

A decisão da Copa no Brasil foi dominada pelos alemães, que repetiram o toque de bola de todo o Mundial contra a Argentina. Mas o time de Messi foi perigoso no contra-ataque, teve boas oportunidades para furar a defesa alemã, mas pecou na finalização.

O castigo veio já nos minutos finais do segundo tempo da prorrogação, quando os pênaltis já pareciam certos. Götze fez papel de centroavante e fez a festa dos alemães no Maracanã. Foi a quarta conquista da Alemanha, que se igualou à Itália e ficou com apenas uma taça a menos que o Brasil.

Seleção da Alemanha comemora Tetracampeonato


Data: 13 de julho de 2014
Horário: 16h00 (de Brasília)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Capacidade do estádio: 74.738
Público: 74.738
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Assistentes: Renato Faverani (ITA) e Andrea Stefani (ITA)
Cartões amarelos: Schweinsteiger, aos 28 min., 
Höwedes, aos 32 min. do 1°t (ALE); 
Mascherano, aos 18 min., Agüero, aos 20 min. do 2°t (ARG)
Gols: Götze, aos 7 min. do 2°t da prorrogação


domingo, 26 de abril de 2015

Copa de 2010 - Mick Jagger


O Pé gelado Mick Jagger

Mick Jagger foi figurinha carimbada nas arquibancadas, mas a torcida do líder dos Rolling Stones se tornou uma ‘maldição’. Todas as seleções incentivadas pelo cantor perderam (Brasil e Inglaterra foram suas vítimas) e sua fama de ‘secador’ virou hit na internet.

Copa de 2010 - Espanha 0x1 Suíça


Mais que um clube

Todos os gols da campeã Espanha foram marcados por jogadores do Barcelona: Iniesta, Puyol e David Villa (que acertou sua transferência do Valencia ao Barça pouco antes da Copa). A Fúria também foi a primeira campeã a perder seu jogo de estreia: 1 a 0 diante da Suíça