sábado, 27 de julho de 2013

Copa Libertadores da América de 2013 - Atlético MG 2x0 Olimpia


Capitão do Atlético-MG, Réver ergue taça da Libertadores após vitória nos pênaltis sobre o Olimpia.

O Atlético-MG exorcizou o fantasma que o assombrava desde 1971, quando ganhou o Brasileiro, título mais importante da história do clube.

Em uma partida dramática, o time fez 2 a 0 no Olimpia --com gols de Jô e Leonardo Silva. Assim, devolveu a derrota sofrida pelo mesmo placar no Paraguai. A decisão foi para prorrogação, que acabou empatada. O título da Libertadores veio nos pênaltis (4 a 3).



Do alto do travessão Richarlyson comemora vitória do Atlético-MG na Libertadores.

Todos os atletas do Atlético-MG converteram seus penais: Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva. Ronaldinho nem precisou bater.

Pelo Olimpia, o atacante Ferreyra, o defensor Candia e o meio-campista Aranda marcaram, mas o zagueiro Miranda e o volante Giménez desperdiçaram. Victor fez uma defesa e viu a última cobrança carimbar a trave.



Jogadores comemoram conquista da Libertadores em Minas Gerais.

A equipe contou novamente com o goleiro Victor, que, adiantado, defendeu a primeira cobrança, de Miranda.

Ele já havia defendido pênalti nos acréscimos do jogo das quartas de final contra o Tijuana e na decisão por penalidades diante do Newell's Old Boys nas semifinais.



Giménez lamenta bola fora enquanto Victor corre para comemorar o título inédito do Atlético-MG.

Desde 2008, a Libertadores não era decidida nos pênaltis. A última havia sido o triunfo do equatoriano LDU sobre o Fluminense, no Maracanã.

A conquista de ontem coroou o trabalho do técnico Cuca, que tinha fama de pé-frio e azarado, e do meia-atacante Ronaldinho, campeão do torneio pela primeira vez.



Jogadores do Olimpia acompanham a cobrança de pênaltis durante os momentos decisivos da partida.

Desde o título com o Barcelona na Copa dos Campeões em 2006, Ronaldinho perseguia uma conquista de relevância. Já Cuca tinha perdido duas grandes oportunidades no torneio continental.

A primeira em 2004, quando o São Paulo foi eliminado na semifinal pelo Once Caldas. Sete anos depois, fez a melhor campanha da primeira fase com o Cruzeiro, mas caiu nas oitavas de final.



Victor defende chute de Miranda durante os pênaltis.

Hoje, o Atlético-MG começou pressionando, embalado pela sua torcida, que entoava o cântico "eu acredito"; desde a chegada ao estádio.

O Olimpia se defendia e explorava o contragolpe. Apagado no primeiro jogo, Ronaldinho mostrava disposição, mas não criou jogadas.



Cuca comemora gol de Leonardo Silva durante a final da Libertadores no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

Bernard, que se movimentava pela esquerda, estava bem marcado. Tardelli era o mais lúcido e foi quem criou a melhor chance. Jô, enfiado entre os zagueiros, brigava muito, porém sem sucesso.

Mesmo priorizando a marcação, o Olimpia criou a melhor chance da etapa inicial. Salgueiro enfiou bola para Bareiro, que saiu na cara do gol --Victor fez bela defesa.



Torcedores do Olimpia aguarda o início da partida no estádio do Mineirão em Belo Horizonte.

No segundo tempo, Cuca voltou com Rosinei no lugar de Pierre para melhorar a saída de bola. Logo aos 2min, o meia cruzou, a zaga adversária falhou e Jô abriu o placar.

O clube mineiro aumentou a pressão. Na bola aérea, principal jogada do time, Réver acertou o travessão e ainda obrigou o goleiro Silva a fazer grande defesa. O arqueiro uruguaio ainda salvou o time paraguaio em um chute de Ronaldinho.



Torcedores do Atlético-MG aguardam o início da partida pela final da Libertadores.

Cuca colocou Alecsandro no lugar do lateral Michel e Guilherme na vaga de Tardelli. Manzur foi expulso no final do jogo. De tanto insistir, veio o gol --aos 42min, em cabeçada de Leonardo Silva.

Com um jogador a mais na prorrogação, o Atlético-MG pressionou, sem sucesso. Desta forma, o troféu inédito veio nos pênaltis.



Torcedores do Atlético-MG aguardam o início da partida pela final da Libertadores, e mandam seu recado ao mundo... Eu acredito !

O Atlético-MG levou o país à marca de nove decisões em sequência --desde 2005, quando São Paulo e Atlético-PR protagonizaram a primeira final entre dois times de um mesmo país na história do torneio. Porém, a Argentina disputou 17 finais seguidas entre os anos de 1963 e 1979. Os argentinos foram 22 vezes campeão da Libertadores, enquanto o Brasil possui 17 conquistas.