Ramirez persegue o Reizinho Roberto Rivelino |
Muito antes de “fair play” virar uma filosofia de jogo limpo abraçada e propagada oficialmente pela FIFA, era menos raro que um jogo de futebol descambasse para a pancadaria desmedida. Um clássico quebra-pau (mas que, apesar da violência de marmanjos se batendo, contém alguns momentos involuntariamente cômicos) aconteceu no Brasil 2 x 1 Uruguai disputado em 28 de abril de 1976 no Maracanã. Cuja imagem mais marcante é a do uruguaio Sérgio Ramirez (hoje técnico de futebol) perseguindo Rivelino assim que o jogo foi encerrado.
O duelo valeu pela Taça do Atlântico, um torneio disputado em apenas três ocasiões e que contava com Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, em jogos de ida e volta. Comandada pelo técnico Oswaldo Brandão, a Seleção Brasileira ganhou aquela edição de 1976 com cinco vitórias e um empate.
O jogo foi tenso. O Brasil ganhou de virada no 2º tempo e houve vários momentos de bate-boca entre jogadores dos dois times. E os uruguaios foram para cima do trio de arbitragem em alguns lances também. Numa das ocasiões em que o tempo fechou em campo, Rivelino teria puxado o cabelo ou dado um tapa na cara de um uruguaio. Por isso, Ramirez planejou sua vingança assim que a partida estivesse encerrada.
Ramírez não conseguiu alcançar Rivelino, que se safou da agressão correndo em disparada e caindo aos trombolhões na escadaria para o vestiário do Maracanã. O uruguaio foi imediatamente cercado por outros jogadores brasileiros e acudido por seus companheiros de Celeste.