quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pelé e Garrincha na Seleção Brasileira

Didi e Garrincha abraçam o Rei na Copa de 1958
Dupla invicta: O jogo contra a Bulgária, pela primeira fase da Copa do Mundo de 1966, foi o último que Pelé e Garrincha fizeram juntos pela seleção. Com a dupla dentro de campo, o Brasil se manteve imbatível e jamais foi derrotado. Garrincha Jogou sessenta partidas pelo Brasil entre 1955 e 1966. Em todos os seus jogos, participou de apenas uma derrota de (3x1) para a Hungria na Copa de 66. Com Garrincha e Pelé jogando ao mesmo tempo, o Brasil nunca perdeu.
O Gênio e o Rei
Adversários no Santos x Botafogo



Copa de 1982 - Arnaldo Cézar Coelho

Arnaldo na Final da Copa do Mundo de 1982
A regra é clara: O hoje comentarista da Rede Globo Arnaldo Cézar Coelho se tornou o primeiro árbitro brasileiro a dirigir uma decisão de Copa do Mundo em 1982. Ao ser informado de que foi escolhido para comandar o jogo entre Itália e Alemanha Ocidental, ele chorou.
Arnaldo no Bem Amigos da Rede Globo



Seleção de Camarões - Roger Milla

Roger Milla dribla Higuita para marcar na copa de 1990
Veterano: O atacante Roger Milla, da seleção de Camarões, se tornou o jogador mais velho a conseguir marcar um gol em partidas de Copa; aos 38 anos, ele foi decisivo para os africanos e terminou o Mundial da Itália com “quatro gols”.
Roger Milla
Rene Higuita brinca e toma gol de Milla



Copa de 1998 - Seleção da França

Seleção Francesa Campeã da Copa de 1998
Incontestável: Com a ajuda fundamental do craque Zinedine Zidane, a França foi à primeira seleção campeã da história a encerrar campanha em uma Copa do Mundo com o melhor ataque (15 gols) e a melhor defesa (2 gols).
Zinedine Zidane e Desailly com a Taça



Recordista de Gols em Copas do Mundo - Ronaldo Nazário

Ronaldo o Fenômeno
Artilharia pesada: Com (três) gols marcados no Mundial da Alemanha – (dois) contra o Japão e (um) contra Gana -, Ronaldo ultrapassou o atacante alemão Gerd Müller e se transformou no maior artilheiro da história das Copas do Mundo totalizando a marca de (15) gols, seguido de perto pelo alemão Miroslav Klose com (14) gols.
Recordista de Gols em copas do Mundo




Copa de 2010 - Espanha 1x0 Holanda

Iniesta marca na prorrogação. "Espanha Campeã"
Já a fama da Espanha de amarelar em momentos decisivos ficou no passado. O presente da Fúria é vitorioso. Em 2008, a equipe faturou a Euro copa. Depois se classificou com 100% de aproveitamento nas eliminatórias. Mas faltava algo. Faltava a Copa do Mundo. Não falta mais. O amarelo da gozação deu lugar ao vermelho da “La Roja”. A Espanha conquistou seu título mais importante sem ter um craque.

















A equipe de Vicente Del Bosque não possui um fora de série, alguém que faça a diferença. O diferencial espanhol é o todo, o coletivo. As trocas de passes são velozes e parecem automáticas. O resultado é um futebol que envolve o adversário. Lances espetaculares são raros nesse time, mas o controle da partida é frequente. A Espanha se tornou o oitavo país campeão do mundo e o sexto a passar pela prorrogação na final. E conseguiu o feito mais almejado por todas as seleções do planeta em uma Copa do Mundo histórica, a primeira em continente africano

Todos tiveram que se render ao talento da Espanha. Até o polvo Paul se rendeu. A Holanda não mereceu o título pela postura que teve na final. Conformou-se em ver a festa espanhola. 2010 é o ano da Roja, não da Laranja.

Iker Casillas beija a sonhada taça do Mundial



A Modelo Paraguaia - Larissa Riquelme

A Modelo Paraguaia Larissa Riquelme
“Apenas depois das partidas e do Mundial me agradeceram pelo apoio, pela esperança e pela fé que tinha e transmitia com todo o povo paraguaio que o Paraguai chegasse à semifinal e na final ou que ganhasse a Copa do Mundo, mas para 2014 espero que possamos ganhar no Brasil, por favor,”, brinca a modelo. A beleza e o destaque que teve na Copa do Mundo também ajudaram Larissa Riquelme a conseguir trabalhos fora de seu país. 

Ela tem seis empresas como patrocinadoras sendo cinco de seu país e uma internacional. Para o Mundial de 2014, quando promete vir ao Brasil, a musa ainda não pensou em nenhuma promessa, mas terá bastante tempo para pensar. “Agora acho que assim como a seleção paraguaia as pessoas descobriram as mulheres lindas que temos no Paraguai. Há muitas garotas lindas no Paraguai e nunca são vistas nos meios brasileiros, pois é um país pequeno e são muito poucos habitantes”, afirmou a musa da Copa do Mundo.
Larissa em evento em São Paulo



Copa de 2010 - Polvo Paul

Polvo Paul - 2010
O Polvo Paul virou um ícone pop da Copa do Mundo ao acertar o vencedor de todas as partidas da Alemanha no torneio – inclusive as derrotas, para Sérvia e Espanha – além do triunfante na final entre espanhóis e holandeses. 

















Os polvos são os invertebrados mais inteligentes do mundo animal e dificilmente ultrapassam quatro anos de idade, razão pela qual Paul com certeza já não poderia fazer previsões na Copa de 2014, no Brasil. Também é improvável que deixe descendentes, já que os polvos machos morrem poucos dias depois de se reproduzirem, e o aquário de Oberhausen pretende poupá-lo.

Polvo Paul, na Copa de 2010



Copa do Mundo de 1994 - Colômbia 1x2 E.U.A

Escobar marca gol contra, na copa de 1994
Andrés Escobar Saldarriaga (Medellín, 13 de março de 1967 — Medellín, 2 de julho de 1994) foi um jogador de futebol colombiano. Foi um símbolo do Atlético Nacional e da sua cidade natal. Era conhecido como "cavalheiro do futebol" e chegou a ser capitão da seleção colombiana e campeão da Copa Libertadores da América, em 1989. Teve uma breve passagem pela Suíça, onde defendeu o Young Boys. Disputou as Copas do Mundo de 1990 e 1994 e se tornou conhecido por ter feito um gol contra que ajudou a desclassificar a Colômbia em 1994. 

No dia 2 de julho de 1994, Andrés Escobar foi assassinado em frente a uma discoteca na cidade de Medellín por Humberto Muñoz Castro. O defensor foi considerado o grande responsável pela derrota de (2x1) da Colômbia para os Estados Unidos na Copa do Mundo daquele ano. O resultado contribuiu para a eliminação da seleção no torneio ainda na primeira fase.
Andrés, o "Cavalheiro do Futebol"



Seleção da Itália - Dino Zoff

Dino Zoff
Dino Zoff (Mariano Del Friuli, 28 de Fevereiro de 1942) é um ex-futebolista italiano. Zoff entrou para a história como o jogador de futebol mais velho a ser campeão de uma Copa do Mundo FIFA, feito acontecido em 1982, em que Zoff tinha quarenta anos e, era o capitão da seleção italiana

Ainda nessa copa, Zoff se tornou o segundo goleiro a levantar a taça de campeão mundial; o primeiro foi outro goleiro italiano, Giampiero Combi, na Copa do Mundo de 1934. Goleiro de grande técnica e habilidade, Zoff é considerado um dos melhores de sua posição. Disputou 112 partidas com a seleção italiana (59 partidas como capitão), sendo o terceiro jogador que mais atuou pela Azzurra, atrás apenas de Paolo Maldini e Fabio Cannavaro.
O Arqueiro Dino Zoff



Seleção da Itália - Paolo Rossi

Paolo Rossi - 1982
Paolo Rossi (Prato, 23 de setembro de 1956) é um ex-futebolista italiano que atuava como atacante. Celebrizou-se como o principal condutor do tricampeonato mundial da Seleção Italiana de Futebol, na Copa do Mundo de 1982

Isto incluiu o dia em que foi o carrasco da favorita Seleção Brasileira, ao marcar os três gols da vitória italiana que desclassificou os sul-americanos, no que ficou conhecido como "tragédia do Sarrià" (o estádio em Barcelona onde se realizou a partida), considerada a maior derrota do Brasil depois do Maracanazo em 1950.
Rossi, perseguido pelo lateral Júnior - 1982



Copa do Mundo de 1982 - Brasil 2x3 Itália

Sócrates chuta para vencer Dino Zoff e empatar para o Brasil
Entretanto, a Itália, que fizera uma péssima primeira fase, estava em ascensão. Marcando com rigor o habilidoso time brasileiro, os italianos souberam aproveitar as falhas da defesa adversária para vencer por (3x2), com três gols de Paolo Rossi, o 'carrasco' do futebol-arte. O Brasil empatou duas vezes o jogo, mas não teve forças para reagir após sofrer o terceiro gol, aos 29min do segundo tempo. 

Até hoje, o mundo ainda busca uma explicação para a grande zebra deste Mundial. "Acredito que os jogadores brasileiros tiveram a presunção de que poderiam ganhar da Itália até com alguma facilidade, o que talvez tenha sido um erro tremendo. O time do Brasil deixou a impressão de certa inocência em alguns momentos, ao contrário de nossos jogadores, que têm experiência", comentou o técnico Enzo Bearzot na entrevista coletiva após a vitória. 

Mesmo eliminada, a seleção foi recebida com festa em sua volta para casa. Milhares de pessoas recepcionaram os jogadores em São Paulo, no Rio e em Belo Horizonte. Foi o reconhecimento da torcida pelo futebol-arte. "Não esperava tanto carinho", disse um emocionado Telê Santana.
Paolo Rossi (20) marca o 3° após bobeada da zaga Canarinho



Copa do Mundo de 1950 - Brasil 1x2 Uruguai

Ghiggia vence o Goleiro Barbosa e marca o 2° Gol no "Maracanazo"
E o Brasil só não foi campeão por antecipação porque o Uruguai derrotou a Suécia por 3 a 2, de virada, com dois gols marcados nos últimos 15 minutos. Foi nesse clima de "já ganhou" que mais de 200 mil pessoas foram ao estádio do Maracanã na tarde de 16 de julho. O Brasil precisava só do empate para ficar com o título e partiu com tudo para cima da seleção uruguaia. O primeiro tempo ficou no (0x0). 

No segundo, a certeza do título aumentou após o gol do brasileiro Friaça, aos 2min. Entretanto, o que era para ser o começo da festa se transformou no princípio da tragédia. O Brasil partiu ainda mais para o ataque e deixou a defesa desguarnecida. Aos 21min, Ghiggia bateu Bigode na corrida e tocou para Schiaffino empatar a partida. Animado com o gol, o Uruguai se lançou ao ataque e conseguiu o que parecia impossível: derrotar o Brasil. 


Aos 34min, Ghiggia superou novamente Bigode e entrou na área para chutar à esquerda de Barbosa. O goleiro do Vasco saltou, mas não conseguiu agarrar a bola, que morreu no fundo da rede. O gol acabou com a empolgação da torcida brasileira, que viu o Uruguai segurar o jogo nos minutos restantes para ficar com o título de campeão mundial pela segunda vez. O episódio entrou para a história como "Maracanazo", uma das maiores zebra de todos os tempos.
Schiaffino empata para o Uruguai na tragédia de 50



domingo, 14 de outubro de 2012

Seleção Brasileira - Maiores Goleadas da História

Seleção Olímpica e Base da Principal da era Mano Meneses

“Maiores goleadas da história da Seleção Brasileira

Brasil 10 x 1 Bolívia – 10/4/49 – Sul-Americano – São Paulo
Brasil 9 x 0 Colômbia – 23/3/57 – Sul-Americano – Lima
Brasil 9 x 1 Equador – 3/4/49 – Sul-Americano – Rio de Janeiro
Brasil 8 x 0 Bolívia – 14/7/77 – Eliminatórias – Cali (Colômbia)
Brasil 8 x 0 Emirados Árabes – 12/11/2005 – Amistoso – Abu Dhabi
Brasil 8 x 0 China – 10/9/2012 – Amistoso – Recife


Não computados jogos de Seleções Olímpicas ou de base. E duelos da equipe principal contra clubes e combinados (jogos considerados não oficiais pela FIFA).
Neymar é o Principal Artilheiro da Era Mano

Campeonato Carioca - 1989 - Botafogo 1x0 Flamengo

Maurício marca aos 12 do Segundo Tempo
Há exatos 20 anos, em 21 de junho de 1989, acabava um período de duas décadas sem que os alvinegros pudessem comemorar um título importante. Com o gol histórico de Maurício, com o número 7 eternizado por Garrincha às costas, o Botafogo derrotava o Flamengo em uma noite de quarta-feira no Maracanã e conquista o título carioca de 89

O clube passou em branco nos anos 70. Mas o acalentado sonho se concretizou antes que os anos 80 terminassem. Com Josimar na lateral direita, Mauro Galvão e Wilson Gottardo formando uma das melhores duplas de zagas da história do clube (a melhor para Gottardo), Carlos Alberto Santos no meio-campo e Maurício e Paulinho Criciúma na frente, todos comandados por Valdir Espinosa, o Alvinegro fez uma campanha irrepreensível, sem uma derrota sequer em 24 partidas (15 vitórias e nove empates). 

O primeiro jogo da decisão terminou (0x0). Uma vitória na segunda partida garantia a conquista tão esperada. E o triunfo ocorreu graças a uma jogada aos 12 minutos da etapa final. Mazolinha recebeu de Luizinho, arrancou pela esquerda e cruzou para a área. Maurício deu um ‘empurrãozinho’ em Leonardo e completou de primeira para a rede, sem defesa para Zé Carlos.
Maurício coloca fim ao jejum de Títulos do Fogão



Campeonato Brasileiro de 1990 - Corinthians 1x0 São paulo

Tupãzinho empurra a bola; Aquele que seria o gol do Título
“Depoimento de Marcelo Djian”

“O Corinthians não era um time de técnica apurada, mas se superou principalmente na parte física. Jogamos realmente com o coração contra Atlético-MG, Bahia e São Paulo. Geralmente, quem se classifica com dificuldade, como nós acabamos crescendo na hora certa. Conseguimos a vaga na última rodada, apesar da derrota por (3x0) para o Inter, porque o Goiás também havia perdido para a Portuguesa. 

Na final contra o São Paulo, cerca de 70% dos torcedores eram corintianos, até em virtude do resultado do primeiro jogo. Devia ter uns 90 mil corintianos. Meus pais estavam nas numeradas superiores do Morumbi e ficaram com medo depois do gol, porque o estádio tremia muito. Lembro-me disso até hoje. O jogo foi difícil, pois o São Paulo tinha um time qualificado. Aguentamos a pressão no primeiro tempo e tivemos um alívio com o gol de Tupãzinho no segundo. 

Ficamos concentrados praticamente um mês após a primeira fase, num esforço de reta final de campeonato. Com isso, nos protegemos da pressão externa. Eu encarava uma final pelo Corinthians como algo especial. Sabia que, se errasse, poderia encerrar a minha carreira no clube.”
Zetti vai ao desespero após Gol de Tupãzinho



Campeonato Brasileiro de 2005 - Corinthians 7x1 Santos

Carlitos Tevez assinalou 3 gols no clássico
“Depoimento de Antônio Lopes”

“Foi a melhor atuação daquele Corinthians. Ali, eu e a comissão técnica tivemos convicção de que seríamos campeões brasileiros. O time vinha subindo de produção e teve uma exibição esplendorosa. Tinha uma dupla de ataque fenomenal, com Nilmar e Tevez, e jogava em velocidade. Possuía um poder ofensivo muito grande, por isso não sabia jogar atrás. Era quase perfeito. 

Quando fui contratado, minha preocupação foi acertar o sistema defensivo, porque o Corinthians sempre levava gol. Consegui, sem prejudicar o ataque. Antes do jogo contra o Santos Futebol Clube, não imaginava que o placar poderia ser esse “Memorável (7x1)”. Mas, quando começaram a sair os gols, achei que poderíamos conseguir uma marca histórica. E foi importante principalmente para os torcedores mais antigos, que viveram a era Pelé e sofreram com derrotas.”
A Fiel Torcida parece não esquecer



Mundial de Clubes de 2000 - Real Madrid 2x2 Corinthians

Edílson dá uma caneta em Karembeu do Real
“Depoimento de Rincón”

“Esse foi o jogo da vontade. Estávamos cansados após o título brasileiro em cima do Atlético-MG, que exigiu muito do nosso time. Eu, por exemplo, me recuperei de uma lesão na última partida da final. Contra o Real Madrid, o campo no Morumbi estava molhado por causa da chuva. Houve uma série de coisas que mexeram com a gente, como a declaração do Karembeu de que não conhecia o Edílson. 

Mesmo que não conheça, não se fala isso. Mexeu com um companheiro, mexeu com o time todo. Prevaleceu a garra do Corinthians, que também explorou o que tinha de melhor: o toque de bola. Era um time páreo para qualquer adversário.  Acho que teríamos feito um papel melhor do que o Palmeiras se tivéssemos ido à final contra o Manchester (no fim de 1999).”
Ricardinho disputa com jogador Merengue



Campeonato Brasileiro de 1976 - Fluminense 1x1 Corinthians

Torcida Alvinegra divide o Maracanã em 1976
“Depoimento de Wladimir”

“Na hora, minha impressão era de que havia entre 50 e 60 mil corintianos no Maracanã. Mas sabemos que era mais do que isso. Não dá para dizer que eram todos paulistanos, porque havia flamenguista na parada. Devia ter cerca de 80 mil torcedores

Fiquei impressionado. Quando subi ao gramado, falei: ‘Estamos com o Maracanã dividido, não é possível’. Não vamos ver nada parecido, tenho certeza. Já havia 4 mil torcedores para nos receber no Hotel Nacional. E tinha palmeirense, são-paulino, santista… todos queriam demonstrar apoio. 

Mesmo assim, foi surpreendente na hora da partida. Não podia imaginar que haveria aquela multidão. Houve sintonia entre time e torcedores, que nos passaram energia completa. A chuva prejudicou o Fluminense, que acreditava que venceria no tempo normal. Percebi em cada semblante que era um dia especial na carreira de todos.”
Ruço que faleceu em 2012 fez o Gol do Corinthians



Mundial Interclubes de 1981 - Flamengo 3x0 Liverpool

Festa Rubro-negra no Japão
“Depoimento de Tita”

“Aquele foi o melhor time que já vi jogar, disparado. Era fora de série. É só pegar os números. Foi um trabalho iniciado em 1977 e que ganhou três Brasileiros, quatro Cariocas, uma Libertadores e um Mundial. Foram cinco anos de processo até chegar ao jogo contra o Liverpool. A maioria dos jogadores era formada no Flamengo, o que cria uma identidade. Tínhamos jogado a final da Libertadores 20 dias antes, mas a qualidade do time era tanta, que isso não foi problema. Ganhamos três campeonatos em um mês: Libertadores, Carioca e Mundial. 

O Liverpool tinha um timaço e só valorizou a nossa vitória. Era o principal representante da Europa, e o Flamengo deu um baile. A vitória por (3x0) logo no primeiro tempo reflete essa superioridade. No segundo tempo, continuamos dominando e criamos mais chances. O Adílio teve uma oportunidade, eu também. Daquela equipe, só o Lico não passou pela seleção brasileira. Fazia muito frio no Japão, por volta de dois graus, e os ingleses estavam mais acostumados ao clima. Chegaram ao estádio de terno e gravata ou sobretudo, enquanto nós havíamos chegado de macacão, chinelo, tocando pagode. 

Eles viram aquilo e acharam que iriam ganhar facilmente. Na hora da entrega da taça, o Raul me disse: ‘Tita, aproveita esse momento, porque nunca vai se repetir’. Eu até estive perto de repetir no Grêmio, mas voltei antes ao Flamengo.”
Zico e companheiros exibem a Taça do Mundial



Gol Histórico de Pelé contra o Juventus da Moóca - Paulistão de 1959

Pelé Chapéla toda a zaga Juventina
O adversário era o Juventus, no estádio Conde Rodolfo Crespi, na Rua Javari, em jogo do Campeonato Paulista de 1959. Aos 40 minutos da etapa final, O Santos derrotava o Moleque Travesso por (3x0), com dois gols de Pelé e um de Dorval. Mas a vantagem no marcador não deixou o Rei tranquilo. Irritados com uma dividida entre Pelé e o juventino Pando, que levou a pior e fraturou a perna, torcedores do time da casa xingavam o camisa 10 do Peixe sempre que ele pegava na bola. - Já havia feito dois gols no jogo, mas os caras não paravam de pegar no meu pé. 

Olhei para a arquibancada e fiz um gesto de “espera um pouquinho” – disse Pelé, em declaração reproduzida pelo site oficial do Santos. E o Rei reservava para os presentes ao estádio no bairro paulistano da Moóca um momento de rara beleza. A cinco minutos do apito final, Pelé recebeu um cruzamento da direita de Dorval. Com um belo toque, se livrou de Julinho e iniciou uma sequência de chapéus. 

O primeiro a ser ‘chapelado’ foi Homero. O zagueiro Clóvis veio em socorro ao companheiro e também viu a bola passar por cima da sua cabeça. O último obstáculo à frente de Pelé era o goleiro Mão de Onça. E na sua corrida sem deixar a bola cair, o Rei do futebol também superou o arqueiro com um balãozinho. O toque final foi uma cabeçada, mandando a bola para a rede.
Lance histórico do Rei no estádio da Javari



Eliminatórias da Copa de 1970 - Maior Público da História do Futebol

Tostão observa Gol de Pelé no Maraca
Qual o maior público presente a um jogo de futebol na história do futebol brasileiro? Uma dica: ele foi registrado no Maracanã, o maior estádio do país. Não ajudou muito? Um bom palpite seria a final da Copa do Mundo de 50. Mas se a estimativa é que 200 mil pessoas, 10% da população na época do Rio, capital federal, foram ao estádio, o número oficial de pagantes foi de ‘apenas’ 173.850 pessoas

Com dados comprovados, a partida que contou com maior número de torcedores ocorreu há exatos 40 anos. Em 31 de agosto de 1969, 183.341 torcedores pagaram ingresso para assistir ao duelo Brasil x Paraguai pelas Eliminatórias da Copa de 70. Um recorde que jamais será superado. E a multidão vibrou com a vitória por (1x 0), resultado que garantiu a classificação da seleção para o primeiro Mundial disputado no México.
Pelé é abraçado por Tostão após marcar o Gol



Pelé Gol Mil - Maracanã 1969

Vascaínos observam o Rei
Para o Maracanã, palco de Vasco x Santos, na noite de 19 de novembro de 1969. E a espera dos 65 mil torcedores que foram ao ‘maior estádio do mundo’ foi grande. Sem um time com grandes nomes, o time da Cruz de Malta fez frente ao poderoso time do Santos. O placar ficou empatado (1x1) até aos 32 minutos do segundo tempo. Quando Pelé recebeu um lançamento, disputou a bola com o zagueiro Fernando e caiu dentro da área. O árbitro pernambucano Manoel Amaro de Lima não titubeou e apontou à marca da cal. 

O goleiro argentino Andrada se irritou com a marcação, atirando a bola com raiva no gramado. Fernando reclamou e até hoje jura que não cometeu a falta. Todos os jogadores vascaínos cercaram o juiz. Fidélis chutou a marca do pênalti, tentando fazer um buraco que atrapalhasse o Rei. Mas não havia volta. Nem para os jogadores do Vasco nem para Pelé. 

Aos 29 anos,  já com três Copas e dois títulos mundiais no currículo, o Rei tremeu diante da responsabilidade, como ele admitiu em entrevistas posteriores. Ao ouvir o apito, Pelé correu e ensaiou a tradicional paradinha. E colocou a bola para o seu lado direito. Em uma eternidade de segundos, Andrada voou para o lado certo e chegou a raspar na pelota. Mas ela morreu no canto esquerdo da meta. 

Enquanto o argentino socava a grama por não ter conseguido adiar mais uma vez a História, torcedores explodiram em alegria – mesmo muitos vascaínos -, e Pelé correu para dentro do gol, agarrou a bola e a beijou, como se agradecesse a ela por não ter se deixado ser defendida.
Pelé beija a Bola após marcar o Gol Mil